sábado, 18 de julho de 2009

Lost at sea


Tenho visto aqueles antigos albuns de foto. E minhas imagens nele lembram-me alguém alguém que tinha vontade. De viver, de crescer e de mudar o mundo. Serei um grande homem, rico, inteligente e capaz de usar todo o meu poder pra ajudar o mundo a ficar melhor. Mas assim como as imagens aos poucos vão saindo das lembranças, também lembro de ter esquecidos dos meus sonhos. Na reunião da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência conheci uma menina/mulher que quando bati os olhos percebi algo diferente e especial nela. Quando ela falava dos planos dela da pós no oriente lembrei que eu também tive planos um dia e que eu também deveria ser grande hoje. Mas deixei tudo de lado por não achar correto mudar o mundo apenas por ser grande.
Enfim, sinto um mundo se exaurindo aos poucos e minhas forças fazendo a mesma coisa numa escala logaritima, apenas para manter uma reta acentuada. Talvez seja o fenômeno da queda livre. Só sei que não tenho paraquedas. Cada imagem me leva ainda mais longe, com quase a certeza de que não irei voltar. Nem pra assistir os Simpsons, ou ouvir Legião Urbana, jogar futebol na chuva estando com febre; as cinco injeções numa só manhã!!; Rory Gallagher vai ter que esperar minha próxima vida para que eu possa tocar uma música dele. Mas me despedirei ouvindo e tocando Highway Star.