quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Saga do viajante perdido.

O horizonte é a meta
quão longe possa chegar.
Entre tantas outras retas,
a velha estrada do mar.

Um grito em tempero brando,
perturbação infinta.
A vida pois, desvairando.
O velho mar se agita.

Águas de um agora desesperado
mergulhado em si, afogado,
longe das constelações brilhantes
e sempre mais, distante.

Uma voz varrendo os ventos
escondida à longos passos,
à anunciar pensamentos,
a revelação de fracassos.

Com as mãos à cabeça,
tristeza implacável.
E não há nada que impeça
dor inexorável.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Placas

Infelizmente, uma bifurcação. Placas sinalizam os caminhos: Coração ou Razão.
E esse tal Coração, que já segui tantas vezes e não decorei o caminho. Ora vejo muros, ora vejo nada. É como estar cego e não tropeçar em todos os obstáculos.
Mas essa tal Razão, como será seu caminho? Ora vejo algumas pessoas adentrarem por sua trilha, ora vejo todas seguindo por lá.
Sinto-me com a necessidade de deixar de seguir o caminho do coração. Até que alguém um dia siga comigo, e então voltarei. Posso garantir que é um lindo caminho, mas toda doçura é amarga na solidão.

*******

Deixo então toda a luz azul que iluminava o coração e toda a majestade da lua porque agora a razão pede silêncio, e o silêncio inspira a despedida.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Do jeito que só acontece a mim.

À procura da difícil Canela pra usar na rabanada, tão comum que o Natal não seria o mesmo se não a tivéssemos, paro o carro na porta da padaria enquanto um ser baixo e gordo segurando talvez sua centésima lata de cerveja fala algo que não consegui compreender. Como se eu falasse "bebedês" desde pequeno, apenas confirmo com a cabeça.
Desci e, na volta, ele começa a tentar puxar conversa comigo. E creio talvez que tenha sido demasiadamente importante ouvir o bêbado que, àquela altura, era um filosofo discursando sobre a importância de ser humilde. Humilde... E nossa, eu sou... E sinto-me honrado disso!
Algo complexo demais para explicar em poucas palavras.
A mim não chegam as pessoas normais. Talvez porque sei que mesmo um desconhecido bêbado a segurar sua centésima lata, ou um reparador de carros a conceder seu autrógrafo, ou mesmo um "pecador bêbado" a pedir uma oração em seu nome aos roqueiros na porta de uma casa de show são pessoas que têm suas especialidades. Especialidades que os leitores de bíblias não conseguem ler. Nem mesmo os "fiés" conseguem crer, e muito menos "profetizadores"conseguem revelar.
Acho que é porque também não sou normal mesmo!


Mas eu não ser normal é outra história...

domingo, 20 de dezembro de 2009

E as luzes parecem brilhar mais uma vez. No ano em que mais parecia que elas se apagariam.
As luzes brilham. Especialmente a luz das luzes! Gigantesca fonte que me inspira a fugir das sombras.
E quando olho em seus olhos, vejo um caminho eterno. Uma estrada infinita a guiar para a imensidão. Descobrir um vasto mundo de esperanças e ousar amar mais uma vez.
Os olhos cintilantes da cor do céu parecem declamar poesias que apenas os corações entendem.
Enquanto minha alma transcende, também vejo novos limites. Ou talvez nenhum. Não há mesmo limites para transcender.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vamos mudar o mundo! [3]



O que nos restará se não fizermos um pequeno esforço?







Comodidade e entregar-se às drogas desde cedo?


 

A "maior idade" tá diminuindo...
 

Ah, qual é?!
A gente dá um jeitinho de acabar com toda essa merda!




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Esquizefix Luministatis


Não sei, mas algo indica que o tempo não está bom.



Sinto um enorme necessidade de mudar-me daqui.
Talvez para um lar que chame menos atenção.


Um lugar escondido. Mas nem tanto.



Onde seja bom esperar o coletivo.



E seja simples compreender as mulheres!





E então, céus. Hei de ter alguma esperança?