quarta-feira, 24 de junho de 2009

A culpa é do boto!


Entre outras questões, eu, minha irmã e minha mãe discutíamos sobre as curiosidades da nossa terra:
-Eles (índios) tem medo até de olhar pro boto.
-Mas a história do boto foi apenas uma invenção - revidei.
-Eu sei, mas eles levam à sério. O boto pra eles, não só é culpado por engravidar as índias, mas também por causar dores por todo o corpo.
-Uma coisa que pensei quando vi aquela minissérie sobre a Amazônia é que o boto é apenas uma 'idéia' pra justificar as imperfeições morais deles.

Bem, moral de toda essa história é que o homem local encontrou um meio para justificar suas mentiras, algo como uma criança tentar dizer a um adulto que existe um dragão na escola só pra não ter de ir para a aula. Mas sabemos que não existem dragões na sala de aula, a não ser aquele pestinha que é maior que os demais e fica implicando com todos os menores.

Contava minha irmã, que o namorado dela...
-... chegou em casa todo contente com o diploma dele.
''Taqui meu diploma. Um dia tu vais ter um igual. Olha só ó!''
No outro dia ele foi ao centro e voltou pra casa com o diploma plastificado.
''Plastifiquei com o plástico mais grosso que tinha lá''.
Ele colocou o diploma num quadro o olhava pra ele e sorria. Sorria, passou o dia sorrindo olhando o diploma.
Até que, de repente, o sorriso cessou.
-Perguntei preocupada o que havia acontecido. Ele tava deitado e se levantou rápido e disse:
''Puta merda! Esqueci de assinar meu diploma!

É cara. Vai ver que a culpa é do boto!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Perseguindo o busão!

As coisas são assim: marca-se tudo com antecedência, mas na hora marcada ninguém vai.
Mas dessa vez finalmente alguma coisa se concetizou.
A uns dias combinávamos eu e meu amigo Oliveira(''troquei veira por iel'') - Oliel - de irmos ao kikão a tia da maionese caseira na Cidade Nova. A Leão - como assim chamo a Priscila pra não ter que confundir com a outra - também iria com a gente. Como todo mundo que chamava nunca confirmava nada, preferi não convidar mais ninguém. Enfim, foi uma noite agradável.
Antes de eu sair de casa, o João e o Thiago vieram me chamar pra uma churrascada e videogame. Mas aí eu falei pra eles: Pow, vou deixar de ver mulher pra jogar videogame com vocês? kkkkkkkkkk. Mas gosto muito dos meus amigos e faria muitas coisas por eles.
Na verdade eu não fui pra ver a Leão, mas sim pra honrar o compromisso que já havia confirmado com meu amigo e minha recente conhecida. A Leão, além de bonita, é divertida e tem um jeito de ser muito legal. Junta essa figura à figura do Oliel, também divertido e eu, apesar de talvez muito sério, e a noite foi divertida. Tocavámos violão quando a Leão teve ir pra casa correndo pois a mãe dela havia ligado. Lá vai a gente perseguir o busão. Em alguns segundo chego à quinta marcha e estou a mais ou menos 70 km/h. Mas CARALHO!! Cadê o busão? Hahaha. ''Ei bixo, acelera que eu não posso perder esse ônibus porque minha mãe tá me esperando na esquina''. kkkkkkk
Perseguir ônibus dá adrenalina pra k ralho! Já me sinto dublê de filmes.
Qualquer dia desses talvez de novo! [:p]

segunda-feira, 15 de junho de 2009

É... como dizem os ''astros'': tenho uma necessidade de manifestações concretas dos sentimentos. E por conta de todo esse meu romantismo estou sempre precisando que provem na prática o amor que sentem.

Fui chapado! Últimos dias de cabelos longos?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não sou um grande homem!





Quando uma mulher(teoricamente falando) deita-se no colo de um homem e diz que precisa de alguém que a acolha:
grandes homens dizem venha cá, tocam seu rosto e tentam beija-la
homens simples dizem não se preocupe, estarei sempre aqui com vc se vc permitir e segurarei suas mãos quando vc precisar de forças pra se levantar.
Quando uma mulher liga depois de meia noite a um homem:
grandes homens, se não desligarem o telefone, atendem sem paciência e a ouvem chorar e dizem que ela deve dormir pois tudo passará.
homens simples atendem apesar da hora, a ouvem chorar e dizem que vão até ela naquele exato momento se ela aceitar. Querem mais uma vez dizer a ela q com ele ela pode contar.
Quando uma mulher aceita ser levada a um lugar escuro e pacato demais:
grandes homens dizem aqui tá ótimo pra nos tentarmos nos beijar e seguir uma vida de prazeres a partir de então.
homens simples pedem q ela faça silêncio pois precisam orar com ela naquele momento desejando nestas orações q o futuro seja acolhedor e generoso com ambos.

Definitivamente,

não sou um grande homem.

domingo, 7 de junho de 2009

Move-se movimento!

Movia a mão de forma espetacular que meus olhos não conseguiam desviar a atenção para outro lugar. Percebi então que uma das partes mais importantes daquela dança era o movimento das mãos. Se elas não se movessem, a dança jamais seria a mesma. A cintura se movia para um lado e outro sem que o tronco fosse junto. Era difícil perseguir o umbigo. Os pés descalços se movimentavam ora rapidamente, ora lentamente e havia uma fita feita de cipós e sementes das plantas regionais no tornozelo. Ainda que pareça que tudo observei, tenho quase certeza que não observei muito. Fiquei grande parte do tempo observando a parte que mais me agrada numa mulher: o rosto. E o sorriso que ali habitava era tão sincero que pareço ter ficado enfeitiçado com a dançarina. Mas o que levei dali foi a capacidade de ver que o que é belo é a sinceridade das expressões. A dançarina foi embora assim que acabou sua apresentação, naturalmente, e guardarei os significados dos sentimentos deixados por suas expressões.

Confusão confusa.


Não me preocupei em acessar a internet. Somente uma pessoa eu queria ver 'na linha'. A única pessoa que tem tentado me ouvir e me entender. Tão jovem, porém tão madura, que chego a ter medo. Medo de meus sentimentos se tornarem algo que a magoe.
Tenho me sentido tão vazio apesar das diversas oportunidades de preencher esse 'espaço'. Apesar de ser feio, algumas mulheres dizem que adoraram minha companhia, outras me chamam de príncipe e há quem diga que quer me ver pois tem saudades. Mas o que me deixa inquieto é que, apesar dos elogios, elas pensam que sou como qualquer um, vulgar e interessiro. Não quero ao meu lado quem pense assim.
Ainda sinto dificuldades para deixar de lado os sentimentos que investi no último ano. Sinto que se algumas pessoas voltassem atrás, eu também voltaria. Ou eu daria mais muitos 'abraços imaginários' ou eu 'estaria aqui para a que quiser que eu seja só dela'. Foram as únicas que me tocaram profudamente. Mas um dia descobrirão, assim como eu descobri um dia, que as escolhas mudam completamente os 'destinos'. Sigo guardando a consciência limpa. Ainda que eu não seja aquele que vai à igreja e saiba toda a história do Cristo, estou sendo aquele que tenta ser igual a ele. Quero pregar a palavra com atitudes e não apenas com palvras.
No palco da vida, sigo como o ator desconhecido, interpretando uma personagem sem falas. E tudo o que me acalma é ter em mente que trata-se de uma confusão confusa. Tão confusa que imagino que se fosse uma confusão esclarecida, seria ainda mais difícil superá-la. E é tão irônico os espectadores não saberem que estou pra sair de cena. Mas com certeza devem estar preocupados com a própria peça em que interpretam ou devem estar observando com atenção as personagens principais.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O kibe e a Kibesteira


-Desculpa senhora, esse já tem dono.

Arrrrg, vejo meu rosto inchar e meu raciocínio me levar à inúmeras razões pra mandar a vendedora enfiar a mer** do salgado no **. Como pode um salgado estar à mostra e ela negar-se a vendê-lo? Se tem dono, já deveria tê-lo levado.
Minha avó olha pra mim também surpresa, como quem espera uma opinião. E antes de ser curto e grosso, é claro, digo:
-Vamo, vamo embora daqui.
Mas ela prefere ficar e escolher outro salgado. E diz que não posso me zangar à toa.
Então pelo que devo me zangar? Vendedores nesta cidade parecem não precisar dos clientes e os tratam como bem entendem. Será que é por esse despreparo para lidar com pessoas que chegam aqui os imigrantes e logo tomam o lugar dos nativos no mercado? (Irônico)Será?
O mundo regride à cada evolução. Regride moralmente à cada evolução científica.
Sem pressa, minha vó caminha para o carro sem se importar com o meu horário. Estou perdendo mais uma aula. Aiaiai, quero ficar velho e ser como ela...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E o que é normal?

-Você é louco!
-E eu achava que não. E por que senti isso?
-Porque cada vez que necessitamos de fuga, acabamos por sentir todas coisas absurdas como reais.
-E como eu posso sentir algo do qual nunca tive conhecimento prático ou teórico? Afinal você é ao menos real para estar querendo me dizer o que é certo ou errado?
-Sou apenas uma pequena parte da tua criação.


Certo dia, como em vários outros, tento acordar sem grande êxito. Os olhos estão sobrecarregados, as pápebras não estão grudadas, porém não consigo separá-las. Mas o que é isso, como posso não ter forças pra abrir meus próprios olhos? Em meio ao medo que isso me provoca sinto uma espécie de pressão sobre mim. Não sobre meu corpo, mas sobre mim de alguma forma. Quero escapar, quero fugir não só do mundo real, mas desse mundo metafísico também. As idéias se formam, mas não se explicam. E eu não sei explicar como isso chegou à minha cabeça, a não ser que eu não tenha criado e sim a recebido.
Sinto cada partícula do meu corpo se desprender de mi. separando-se na sua menor forma possível e libertando talvez minha alma. Desintegrando minha matéria, mas não minha alma. E ao desprender-me da matéria, sinto-me leve como o ar. Incrível sensação dura apenas alguns segundos e volto a me reconstituir em matéria sem aproveitar mais a incrível sensação.
Resta-me a dúvida: seria possível experiências num plano não-material?
A minha mente cética tenta me fazer crer que não. Mas como a tudo questiono, também a questiono.

-E o que é normal minha mente, o que é normal?