domingo, 28 de novembro de 2010

Moonlight Sonata - Sonata ao Luar, opus 27, número 2, primeiro movimento.


A Sonata de Piano No. 14 Op. 27 n º 2 em C sustenido menor de Ludwig van Beethoven é também conhecida como Sonata ao Luar.  Beethoven deu ele próprio ao seu trabalho o nome "Sonata quasi una Fantasia".

Em 1801, Ludwig van Beethoven compôs a Sonata de Piano que recebeu o seu nome popular "Moonlight Sonata (Sonata ao Luar)". Foi o crítico Rellstab que comparou a música a um luar no lago Lucerna. A comparação "pegou" e chegou até nós.
Parece quase na natureza dessa mentira sonata, para incendiar a imaginação dos ouvintes. A literatura e também a arte encontrou sua precipitação múltiplas. Ela foi objeto de uma interpretação romântica entre muitos dos experimentos que se concentraram principalmente sobre o movimento lento em primeiro lugar.Beethoven dedicou a Sonata a sua, então com 17 anos, estudante de piano, Condessa Giulietta Guicciardi (1784-1856). Na época ela era apaixonado por isso. Anton Schindler afirmou em 1840, mas é o destinatário da famosa carta a "Minha Amada Imortal", que foi mais tarde provado ser algo como pura especulação. Mesmo na vida de Beethoven foi Sonata ao Luar uma de suas obras para piano mais populares que ele mesmo observou quando reconheceu "mais verdadeira e melhor escrita". Devem ser suas liberdades formais e seu estilo particular emocional como um importante precursor do romantismo.


Beethoven era um tanto gordo, tinha 1m70 de altura, cabeça desproporcional e cabeleira rebelde e desgrenhada. Era irritadiço, esquecido, sem o menor refinamento. Solteirro, morou em lugares bagunçados e sujos. Espalhava partituras pela sala e seus móveis eram cobertos de poeira. Tinha estranhos hábitos, como o de cuspir a qualquer momento e em qualquer lugar. Era desajeitado, espalhando destruição por onde passava. Comparado a Chopin, por exemplo, seria pouco menos que um troglodita. 

Beethoven começou a sofrer de surdez. Em 1807 já estava completamente surdo. Mesmo surdo, por incrível que pareça, Beethoven continuou tocando piano, regendo orquestras e, sobretudo, compondo. Aliás, suas obras mais famosas foram compostas quando ele estava parcialmente surdo, e sua obra prima, a Nona Sinfonia "Coral" foi composta quando ele já estava totalmente surdo, não podendo ouvir sua própria música.
A partir de 1811, sua produção começou a diminuir, devido a sua complicada vida pessoal e sua alma atormentada. Beetoven mergulhava em seu mundo interior.
O fim da vida de Ludwig van Beethoven, coroado de glórias e sucessos, mas idoso, surdo, desamparado e moralmente abatido pela tentativa de suicídio do sobrinho, ocorreu no ocaso de 26 de março de 1827. Seu último ato foi levantar o punho fechado, em um gesto de desafio ao destino
Beethoven morreu, mas sua obra é imortal, e sua influência duraria muito mais que os seus 57 anos de vida.

 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Abraço amigo!

Diariamente fazemos visitas à escolas da rede municipal de ensino na cidade de Manaus. Ontem, ao abrir uma das portas de salas de aula, vi dois meninos de aproximadamente seis anos de idade abraçados, com os rostos colados. Primeiramente imaginei um caso de homossexualidade. Porque é raro de ser ver tal demonstração de afeto. Por alguns segundos (talvez uns dois segundos) fiquei observando e acabei por notar que se tratava apenas de um gesto de carinho, daqueles que geralmente a gente só vê em filmes. O mais baixo largou o amigo e disse "Tchau, até amanhã" e o mais alto, como se fosse um grande pai, disse "Tá bom, te espero".
Parei pra pensar como seria bom se nós adultos fizessemos algo parecido sem se preocupar com as aparências e tratassemos todas atitudes tomadas como algo negativo. Não fossemos tão cheios de pudor...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

John Kennedy, uma memória apagada à balas.

Hoje, dia 22 de novembro, é um dia em que se passa mais uma ano da morte de John F. Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos da América.
Não se trata de um político qualquer, mas também não se pode afirmar que não era corrupto como muitos que já residiram na Casa Branca que, se fosse vermelha, nem precisariam pintá-la.
É claro que minutos após a morte de J.F.K.na Praça Dealey, em Dallas, capturaram o suposto assassino. Seria vergonhoso à polícia local e até mesmo aos agentes do F.B.I. que por lá estavam se o assassino conseguisse fugir com todo o aparato policial que supostamente protegia a autoridade máxima do país. Entre as informações desencontradas - é sempre assim quando as autridades daquele país pretendem esconder descaradamente a verdade - e muita desorganização da mídia na cobertura do caso, o delegado local alegava em entrevistas rápidas que não sabia que Lee Harvey Oswald (o assassino) estava na cidade e havia sido interrogado pelo F.B.I.
O F.B.I. também parecia "barata tonta em tiroteio", rebatendo informações sem sentido com mais informações sem sentido.
Dois dias depois dos três disparos ouvidos por todos que estavam próximo ao presidente enquanto o mesmo era baleado, o homem acusado de sua morte, agora preso, estava sendo transferido de uma prisão municipal para uma estadual. As polícias presentes na cidade - local, F.B.I. e equipes de operações especiais - estavam preocupadas com a segurança do réu, informando à imprensa que inúmeras ligações já haviam sido feitas por pessoas que diziam que iriam matá-lo.
Diga-se de passagem que é interessante saber que parece que não havia rastreamento de chamadas telefônicas naquela época (1963).
Por uma questão lógica, eles isolaram o local e proibiram a entrada de pessoas não autorizadas, não foi? Bem, durante o Processo de transferência do suposto assassino, um homem entre os repórteres e policiais saca uma arma sem que ninguém perceba e dispara de modo aleatório em Lee Harvey Oswald uma única bala. De repente cercaram o réu e todos à sua volta sem que fosse possível identificar, logo, quem seria o atirador. Tudo o que os policiais disseram à imprensa é que o atirador possuía um chapéu preto.
Nossa, parece tão raro de se ver um chapéu preto entre tantas pessoas que usam chapéu!
O suposto assassino do presidente foi rapidamente apanhado por um grupo de policiais e levado para alguma sala isolada onde não havia representantes da mídia. Ninguém pensou na possibilidade de uma única bala não ser suficiente  para matar um homem. Ninguém pensou na possibilidade de que, se pelas imagens o tiro pareceu ser aleatório e sem objetividade, o projétil poderia não ter atingido um órgão importante do corpo do réu. Enquanto a mídia espalhava a notícia de que um homem de chapéu preto teria atirado em Lee Harvey, o mesmo era levado desacordado para uma ambulância, para que minutos depois fosse confirmada sua morte. Muitas pessoas nas ruas comemoraram o fato sem pensar que agora os responsáveis pelo trágico acontecimento não foram identificados. Pode ter sido um plano muito bem armado para tirar um "homem de bem" do poder.
O homem de chapéu preto era um senhor de idade avançada chamado Jack Rubeintein que possuía uma doença grave e estava prestes a morrer por conta disso.
Perfeito, não?
É claro que estudiosos atuais chegam à conclusões diferentes e imaginam a possibilidade de participação até mesmo da C.I.A. Mas assim como no nosso país todos se calam e esquecem os escândalos na capital, por lá também organizam boas "falcatruas" para justificar situações absurdas.
E então, eles são mesmo melhores, mais organizados e justos que nós? Será que eles foram à lua ou será que os atentados de 11 de novembro foram organizados por membros da Al quaeda? É bom pensarmos melhor a respeito...

Por Luciano Melgueiros de Souza.



As fotos abaixo representam à esquerda o Presidente J.F.K. e a Praça Dealey e à direita Lee Harvey Oswald e a biblioteca de onde ele teria disparado o tiro.


sábado, 20 de novembro de 2010

Tiago; Jasmine. Apud Luciano

Era mais uma quinta-feira. Como eu já sabia que seria servido o famoso peixe empanado, chamei o Tiago pra almoçarmos juntos mais uma vez. Quando cheguei na faculdade ele tava "quebrando cabeça" com exercícios de lógica de programação, programação em C++ se não me engano. No restaurante a gente acabou comendo almôndega em vez do peixe. Puta merda, tava ruim dessa vez! Batemos um papo e fiquei "bolando"até a hora da aula. Lembrei de ter que ir pegar uma documentação noutra parte do campus e resolvi que iria de ônibus, o Integração. Algo me sugeriu que assim fosse e eu não sabia explicar.
Para minha surpresa, eu havia acabado de sentar num banco na parte de trás quando vi Jasmine entrar e sentar num banco da parte da frente. Ela não tinha me visto e então resolvi ir até ela e tentar puxar assunto. Achava que ela nem lembraria muito bem de mim, mas quando ela me viu, ela falou com aquele sotaque meio robótico, apesar de já falar português muito bem:
-Nossa, estava pensando em você, Luciano! Ontem estava vendo nossas fotos na Ponta Negra, no dia do jogo.
É claro que eu pensei logo: "Mentira!". Mas se era ou não, continuarei sem saber. E conversamos até nos despedirmos com um abraço em frente ao Departamento de Relações Internacionais. Como sei que me apego rapidamente às pessoas, nem mesmo voltei a olhá-la depois que ela me soltou do abraço e fui em direção ao departamento que eu procurava. Acho que sempre lembrar bem dela, porque com ela sempre a conversa fluia muito bem e era divertido eu rir do sotaque esquisito de uma americana falando português e ela rir dos incontáveis erros de um brasileiro que mal sabe falar bem seu idioma vernáculo tentando falar inglês.
Acabei nem revendo mais os dois, mas restou uma certeza exatamente incerta de voltarei a vê-los, é claro!

domingo, 14 de novembro de 2010

Desespero

Eu tento ler um pouco, mas a história é tão pobre
Eu agradeço a Deus nos céus
Por você não estar aqui para me ver que estou mal.
Perdendo meu tempo
Vendo os dias passarem
Me sentindo tão pequeno, Olho fixo para a parede
Esperando que você pense em mim também
Eu tento ligar, mas não sei o que lhe dizer
Oh, me ajude, por favor Existe alguém que possa me fazer acordar deste pesadelo?
Quando eu perdi o meu controle
E atingi o chão
Sim, eu pensei que eu pudesse partir, mas não pude sair pela porta
Eu estava tão doente e cansado
De viver uma mentira
Que eu desejava
Morrer
É incrível
Num piscar de olhos você finalmente vê a luz
É incrível
Quando chega o momento você sabe que vai dar certo.
Sim, é incrível
E estou fazendo uma oração pelos corações desesperados esta noite.
Aquele último tiro são umas férias permanentes.
E quão alto você pode voar com asas quebradas?
A vida é uma jornada, não um destino
E eu não posso dizer nem o que o amanhã trará.
 
 
 
 

O Homem Bicentenário

Prefiro morrer sabendo que estive com você do que passar toda uma eternidade vivo, mas sem você do meu lado. [Andrew (robô/homem), em O Homem Bicentenário].

Ser humano é querer ajudar, é ver quem está ao seu lado bem é passar sentimentos, é zelar por tudo aquilo que conquista e tem. É humanizar, amar a todos e deixar de lado os defeitos, pois defeitos todos têm, até máquinas possuem defeitos. O humano é todo defeituoso, mas devemos saber lidar com esses defeitos, cotidianamente saber crescer e aprender sobre o ser humano
Ser humano é também transformar seu dia-a-dia em algo real, longe de ser fantasia ou ou virtualidade. É estar com os amigos cara-a-cara, e não em frente à telas de computadore. É fazer acontecer e não somente idealizar.
Não somos máquinas criadas por nossa inteligência, somos um conjunto sofisticado criado pela mais sofisticada essência da vida: a natureza (que inclui qualquer conceito sobre ela, como por exemplo Deus). Por isso não podemos nos mecanizar e viver desse jeito sem viver de verdade frente às telas de um computador. Que este aqui seja apenas um complemento do nosso dia. Mas quando nosso dia solicitar nossa presença, larguemos isso aqui e estejamos lá!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alguam verdade esquecida?

É muito diferente. Muito diferente do que costumamos imaginar. Como alguns de nós insiste em criticar nossa própria terra sem nem conhecê-la?
A viagem dura cerca de 50 minutos, foi o que disseram. Mas na prática durou mais que uma hora só até a primeira escola. Não foi nada mal.
Lembro da voz do cara estrangeiro dizendo:
-Eu conheço o encontro das águas, as cachoeiras de Figueiredo, já rodei todo esse estado. Vocês já viram os botos de perto? Já viram as terras caídas? Já Tocaram as mão nas águas do Amazonas enquanto o barco tá se deslocando?
Um monte de caboclos lança olhares entre si... Negam com a cabeça. O estrangeiro lança sua voz irônica:
-Acho engraçado tanta gente falar em sair daqui pra conhecer o mundo. Coitados, nem conhecem a própria terra!
Enfim, estrangeiro, hoje toquei as águas do Amazonas e vi com meus próprios olhos o fenômeno das terras caídas. Vi um boto cinza mostrar-se sutilmente entre as águas. Vi o encontro das águas sem precisar pagar aqueles 40 reais do passeio turístico. O bote até encalhou num banco de areia exatamente no meio do rio, entre as margens direita e esquerda. E o que fizemos? Rimos. Rimos a cada minuto e fizemos uma viagem muito divertida. Passaríamos mais duas horas tranquilamente naquele bote. Conheci mais um caboclo tipicamente ribeirinho, Seu Normando.
Mas lembrei em cada minuto dos olhos verdes que me faziam sentir saudade de algo que me faltava. Faltava alguém ao meu lado com quem eu pudesse compartilhar tudo aquilo. Queria que o que meus olhos viram hoje, uma natureza expessa e extremamente rica, uma diversidade que só a beleza amazônica demonstra e é capaz de fazer sentir, fosse também percebida por quem não estava lá.
Rimos das dificuldades e das bobeiras que às vezes falávamos. E cada um engoliu a saliva ensimesmado quando passamos naquele banzeiro mais forte. E rimos. Afinal, adrenalina acaba viciando.
Até descobrimos verdades hoje. Algumas até então esquecidas. Somos imensamente abençoados por uma essência que só é percebida no contato direto com ela mesma: Natureza!

sábado, 6 de novembro de 2010

Carinho!

"Carinho é o óleo que lubrifica as engrenagens da vida, mas o verdadeiro amor não é só aquele que se alimenta de carinho e beijos e sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade..."
"A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira".

...pois faço destas, hoje, as minhas palavras.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Flor do cacto


Há uma forma que não se esconde atrás da necessidade do prazer, tal como uma luz ou as formas de um carro não são capazez de esconder na penumbra. Trata-se do amor. Certo dia houve uma discussão entre o estudante de engenharia e a estudante de serviço social sobre isso...
Ela encontrava justificativas deveras convincentes para tentar justificar que a necessidade de satisfazer o prazer era mais verdadeira do que a de não. Ela via um mundo de hipócritas que não admitia isso. Ela só não via que, por estar enfurecida e insatisfeita com esse mundo, torna-se escrava da desesperança de que isto, sim, isto! que sentimos em nosso coração, esse desejo de ter alguém ao nosso lado, para dividir, sim dividir! os sentimentos e multiplicar as esperanças, esse alguém para fazer planos, planejar mudar o mundo! - tornava-se escrava da deseperança de encontrar em alguém estes tais sentimentos.
Do amor nasce a satisfação, seja ela a de viver um dia pleno, seja ela a do prazer, seja qual for o prazer. Do amor nasce o desejo, mas o desejo saudável. Porque o casal de enamorados tem o desejo saudável e este gera mais um ser saudável. Um ser que será sim capaz de amar. Afinal, essa energia que nos cerca, sim! essa energia vital! é incontestável. É intuitivo o sentimento de justiça e de uma força que rege a natureza. Mas é tão real que não conseguimos negar. Não importa se é Deus ou Alá, ou qualquer outra coisa. Não sou moralista. Sou apenas sensato e sonho com um mundo melhor, mais justo e que  as pessoa sejam  verdadeiras por sererm simplesmente verdadeiras, não pela necessidade de ser o oposto daqueles que tanto julgam hipócritas.
O estudante de engenharia foi embora sem ter palavras pra explicar seus sentimentos, que não eram impostos ou moralistas, eram apenas verdadeiros e vinham dessa essência, dessa energia que rege a natureza. Achava interessante como existem tantos seres preocupados com a alienacão da mídia, das leis sociais, das questões religiosas, mas não percebiam que se entregavam a outras alienações, principalmente a alienação de não tentar mudar ou melhorar nada do que achavam errado. Foi cordial como sempre e não falou mais nada. Ele sabia que não adianta lutar contra a convicção de algumas pessoas. Convicção é mesmo isso, isso que aliena e distorce a capacidade de mudar para uma opinião mais sensata e coerentte. Foi pra casa aproveitando a paisagem que aquela tarde proporcionava. Só ele e aquela energia da natureza sabiam o sentimento humano mais divino: O amor. Raro de se ver, como a flor de um cacto.