quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quando você voltar

Existe uma música da Legião que me encanta a alma. Às vezes a gente ama 
tanto alguém e não sabe o que fazer mais para protegê-la. Na verdade, 
não adianta teimar em tentar proteger uma mente tão teimosa.
Como uma grande prece, o Renato pareceu dizer exatamente o que eu 
gostaria de dizer nesse momento:

Quando Você Voltar

Legião Urbana


Tom: G
Intr. G F C G F C
 
G         C           G
Vai, se você precisa ir
    D                  Am
Não quero mais brigar esta noite
          C
Nossas acusações infantis
     G                  C
E palavras mordazes que machucam tanto
G             C
  Não vão levar a nada, como sempre
G               D               C   
Vai, clareia um pouco a cabeça
Am     Bm  C     D         G
Já que vo..cê não quer conversar.
          Bm    C       D      G
Já brigamos tanto mas não vale a pena
                     Bm
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
       C                   D
Sei que existe alguma coisa incomodando você
      Bm               Em    C 
Meu amor, cuidado na estrada
  Am        Bm      C
E quando você vol..tar
 D            G 
Tranque o portão
         Bm
Feche as janelas
         C
Apague a luz
   D        C  G        (Introdução)
E saiba que te amo
 
Nada melhor que tentar tocar...
Porque quando se toca, percebe-se a singeleza e a suavidade transformarem-se em algo sublime. Percebe-se a própria voz no mais natural.
  

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Revelação

...não sei, lembro de muito pouco... são de palavras sem rumo que têm vividos os dias.... tapete de seda Persa... não... cadeira almofadada.... colar de bolinhas... conchas do mar retorcidas... mil pontinhos e mil razões para não entender... tudo muito vago... assimétrico... um mar revolto em idéias infundadas... num sei o quê de sete estrelas... o homem pulando como um macaco ao levantar-se... "filho meu não há de sofrer"... "tu és soldado"... e aquele louco à minha frente... "todo mal que te façam, terão de volta"... "és um homem de intuição elevada, confia na tua intuição"... devo confiar em você?... não é para que entendas... "tu não és entendido"... por que você não me entende?... ele me disse quem é... eu sei que você sabe... entenda você, quem tanto amo, ela só quer de nós nossa luz... qual motivo maior para tal aproximação?... a que caminho te levei?... vamos nos salvar juntos?... deixe que assim seja.......

domingo, 24 de outubro de 2010

Consternação

Costernação, o mundo se alimenta de pequenas mentiras. É uma doença desatinada.
Ouve-se que ninguém dá ouvidos. O convalescente medo da cura.
Deixa-me cá eu mesmo ensimesmado com meu ser, sem ser niguém.
Pois sou um poético despoetizado inventando novas palavras despercebidas.
Quando os autores do futuro desdenharem o passado, o mundo há de prostrar.
Esse estado de laguidez será esboroado, reduzido ao atual langor humano.
Ainda que haja o medo da cura e que este se cure, nunca haverá silêncio.
Pois o grito de desespero, aquele berro de raiva explodido, também é convalescente.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Espólio

Estou fraco demais para recompor minha fé.
Minhas palavras fogem e correm sem direção.
Estou tenso e nem sei tentar esconder como estou.
Minhas palavras se perdem a esmo e calo minha voz.

Meu espólio é um espúrio.
Me revolto com o infortúnio.
Minhas forças sem fé, dizimadas.
Minha psique está desmotivada.


Meus pés descalços já sentem cinzas.
O asfalto que o sol derreteu.
Nem a chuva, já tão esquecida
é capaz de molhar o meu chão.

Meu espólio é um espúrio.
Minhas palavras sem futuro.
Esfalfado de mim mesmo.
Estou sem fé em palavras a esmo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Minha Loucura.

"Que a minha loucura seja perdoada. Pois uma metade de mim é amor, e a outra também".

Faço destas palavras hoje as minhas.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Abraço

Ela me deu um abraço diferente hoje. Mais natural e como quem tem vontade, porém timidez, de abraçar. Pelo menos não foi só a timidez. E eu... tímido lá, sem saber como reagir.
Eu estava justamente onde eu queria estar! Por que eu não a abracei mais forte e a tasquei aquele beijão carinhoso no rosto? Por que?
Eu sempre deixo ou esqueço de fazer as coisas mais importantes na hora H. Perdi o tempo, o espaço, a inteligência. Tudo fica meio bobo e meio 'tudo bom' perto daquele rosto. Algum detalhe de sua face me chama  tanto a atenção, de forma que não sei explicar.
Inconscientemente, eu sabia daquele momento e aproveitava o abraço. Tanto que nem pareço ter escutado as palavras que ela utilizou, mas recordo que ela disse alguma coisa.
Eu queria que aqueles braços me envolvessem em infinitas voltas e me protegessem pra sempre do meu maior mal, a minha tristeza infindável e pertinente. Fiquei admirando, ainda que em frações daquele segundo, sua beleza. O tempo parou novamente.
A mão dela veio rapidamente próxima ao meu rosto. Os dedos eram mais finos que os meus. Unhas curtas para quem toca violão, pequenas, e com um formato meio que quadrado e geometria regular.  Geometria regular? É... afinal de contas, sou um engenheiro e observo as coisas meio diferente, em formas e números. A impressão de uma pele macia e sensível. Gostei da brincadeira de imitar socos.
Guardarei na memória o abraço, que sempre deixa a vontade de mais outro. Outro cada vez melhor. E outro melhor e melhor ainda mais.