À procura da difícil Canela pra usar na rabanada, tão comum que o Natal não seria o mesmo se não a tivéssemos, paro o carro na porta da padaria enquanto um ser baixo e gordo segurando talvez sua centésima lata de cerveja fala algo que não consegui compreender. Como se eu falasse "bebedês" desde pequeno, apenas confirmo com a cabeça.
Desci e, na volta, ele começa a tentar puxar conversa comigo. E creio talvez que tenha sido demasiadamente importante ouvir o bêbado que, àquela altura, era um filosofo discursando sobre a importância de ser humilde. Humilde... E nossa, eu sou... E sinto-me honrado disso!
Algo complexo demais para explicar em poucas palavras.
A mim não chegam as pessoas normais. Talvez porque sei que mesmo um desconhecido bêbado a segurar sua centésima lata, ou um reparador de carros a conceder seu autrógrafo, ou mesmo um "pecador bêbado" a pedir uma oração em seu nome aos roqueiros na porta de uma casa de show são pessoas que têm suas especialidades. Especialidades que os leitores de bíblias não conseguem ler. Nem mesmo os "fiés" conseguem crer, e muito menos "profetizadores"conseguem revelar.
Acho que é porque também não sou normal mesmo!
Mas eu não ser normal é outra história...
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