quarta-feira, 11 de abril de 2012

Anjos do sol.

Ela entrou no caminhão. Destino: qualquer lugar.
Fugida de um cafetão e de uma cafetina, triste fim para quem tanto lutou contra ser explorada sexualmente.

- Qualquer lugar? Que sorte a tua. Eu também! - disse o motorista.

E nada poderia terminar pior. Às vezes esperamos que o mundo seja justo de alguma forma. Mas tudo o que acaba restando é necessidade de chorar. Pela desesperança e pelas injustiças que, infelizmente, não mudarão.

No fim, estamos todos longe do sol.

¿O que serão de nossas lágrimas se não valerem a pena?



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