terça-feira, 2 de junho de 2009

O kibe e a Kibesteira


-Desculpa senhora, esse já tem dono.

Arrrrg, vejo meu rosto inchar e meu raciocínio me levar à inúmeras razões pra mandar a vendedora enfiar a mer** do salgado no **. Como pode um salgado estar à mostra e ela negar-se a vendê-lo? Se tem dono, já deveria tê-lo levado.
Minha avó olha pra mim também surpresa, como quem espera uma opinião. E antes de ser curto e grosso, é claro, digo:
-Vamo, vamo embora daqui.
Mas ela prefere ficar e escolher outro salgado. E diz que não posso me zangar à toa.
Então pelo que devo me zangar? Vendedores nesta cidade parecem não precisar dos clientes e os tratam como bem entendem. Será que é por esse despreparo para lidar com pessoas que chegam aqui os imigrantes e logo tomam o lugar dos nativos no mercado? (Irônico)Será?
O mundo regride à cada evolução. Regride moralmente à cada evolução científica.
Sem pressa, minha vó caminha para o carro sem se importar com o meu horário. Estou perdendo mais uma aula. Aiaiai, quero ficar velho e ser como ela...

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