Há uma forma que não se esconde atrás da necessidade do prazer, tal como uma luz ou as formas de um carro não são capazez de esconder na penumbra. Trata-se do amor. Certo dia houve uma discussão entre o estudante de engenharia e a estudante de serviço social sobre isso...
Ela encontrava justificativas deveras convincentes para tentar justificar que a necessidade de satisfazer o prazer era mais verdadeira do que a de não. Ela via um mundo de hipócritas que não admitia isso. Ela só não via que, por estar enfurecida e insatisfeita com esse mundo, torna-se escrava da desesperança de que isto, sim, isto! que sentimos em nosso coração, esse desejo de ter alguém ao nosso lado, para dividir, sim dividir! os sentimentos e multiplicar as esperanças, esse alguém para fazer planos, planejar mudar o mundo! - tornava-se escrava da deseperança de encontrar em alguém estes tais sentimentos.
Do amor nasce a satisfação, seja ela a de viver um dia pleno, seja ela a do prazer, seja qual for o prazer. Do amor nasce o desejo, mas o desejo saudável. Porque o casal de enamorados tem o desejo saudável e este gera mais um ser saudável. Um ser que será sim capaz de amar. Afinal, essa energia que nos cerca, sim! essa energia vital! é incontestável. É intuitivo o sentimento de justiça e de uma força que rege a natureza. Mas é tão real que não conseguimos negar. Não importa se é Deus ou Alá, ou qualquer outra coisa. Não sou moralista. Sou apenas sensato e sonho com um mundo melhor, mais justo e que as pessoa sejam verdadeiras por sererm simplesmente verdadeiras, não pela necessidade de ser o oposto daqueles que tanto julgam hipócritas.
O estudante de engenharia foi embora sem ter palavras pra explicar seus sentimentos, que não eram impostos ou moralistas, eram apenas verdadeiros e vinham dessa essência, dessa energia que rege a natureza. Achava interessante como existem tantos seres preocupados com a alienacão da mídia, das leis sociais, das questões religiosas, mas não percebiam que se entregavam a outras alienações, principalmente a alienação de não tentar mudar ou melhorar nada do que achavam errado. Foi cordial como sempre e não falou mais nada. Ele sabia que não adianta lutar contra a convicção de algumas pessoas. Convicção é mesmo isso, isso que aliena e distorce a capacidade de mudar para uma opinião mais sensata e coerentte. Foi pra casa aproveitando a paisagem que aquela tarde proporcionava. Só ele e aquela energia da natureza sabiam o sentimento humano mais divino: O amor. Raro de se ver, como a flor de um cacto.
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